sábado, 18 de setembro de 2010

A caminho de San Francisco I

Jannie and Steve
Depois de ter ficado até à uma da manhã a preparar o texto e fotos para um novo post, passei a manhã a actualizar o blog…os uploads das fotos demoram uma eternidade, depois dão erro e tenho de recomeçar…irritante, especialmente quando do outro lado da janela há vida a cada segundo que passa.


Colter Bay - Jackson lake and Teton Range
O parque de campismo confina com o Jackson Lake. Existem nas redondezas diversos trilhos pedestres que se cruzam numa teia de recantos, cada um oferecendo uma perspectiva única do lago e dos picos nevados em frente. Antes de prosseguir viagem, deixo-me enredar nessa teia, por entre os pinheirais húmidos na manhã tranquila, e quase dormito sob os raios de sol mais persistentes projectando-se no solo, num jogo dinâmico de sombra e luz…
Oh estrada onde tens estado!? Partilhamos em silêncio quantas horas, quantos minutos, quantos segundos? Olho-te de cima e tu a mim de baixo. Tenho-te admirado, não pela beleza da tua tez escura, da suavidade ou agressividade da tua pele, do risco ao lado ou ao meio ou dos lados e ao meio, ou sem qualquer risco com que te apresentas para minha sedução ou protecção. Tenho-te admirado simplesmente porque sem tu cá estares eu não estaria também. Sem tu seres, eu não seria…Tenho-te observado cuidadosamente umas vezes, superficialmente, outras, ou ignorado simplesmente o mais das vezes. E sabes que já descobri em ti uma imensidão de objectos que te são alheios, te desfeiam e a mim me atrapalham? Porcas, parafusos, pregos, abraçadeiras, molas, chaves, porta-chaves, os mais diversos bocados de ferro, toalhas, roupa diversa, vidros, para não falar das latas, plásticos, bocados de pneus esfarrapados…e algum desses objectos já me travou a marcha e irritou. Mas foi ele não foste tu…e se fosses, estavas mais que perdoada. Apesar das partidas que me pregas!

Teton Pass

Teton Pass
Lembras-te de amanhã? Sim, amanhã ainda não aconteceu, mas para mim já, pois hoje para mim é ontem e amanhã é hoje! Pois é, amanhã empinaste essa coluna dorsal negra e lisa, contorceste-a sinuosamente, talvez para te exibires e me seduzires, ou dissuadires, e ao longo de oito mil metros jogaste comigo para o mais perto do céu que estive nestes quase dois meses de comunhão contigo…fomos juntos até aos 2570 metros do Teton Pass. Aí, vencida ou orgulhosa de mim, baixaste a crista, estendeste o teu tapete negro (o vermelho é para distintos seres) e levaste-me em segurança até ao teu parente próximo: o Teton Valley. Pelo caminho – e é por isso que sei que não me queres mal, que era apenas um jogo de sedução, um teste e uma leve provocação – brindaste-me com curvas suaves, portas de entrada ou saída para o florido manto que te enleva, pintado de verdes, amarelos, vermelhos, azuis, brancos, lilases, por onde saltitam riachos em pequenos saltos e suaves murmúrios. E a meio da subida ainda chamaste os teus aliados das alturas e pintaram o céu de breu, soltaram as fanfarras e fizeram trovões, rangeram os dentes e chisparam raios de electricidade que atravessaram o mundo – este onde existimos agora – representaram uma ópera e choraram lágrimas reais – sei que eram mesmo lágrimas reais porque me chegaram salgadas aos lábios secos, apesar de dizeres que o sal era do meu rosto suado.
E quando chegámos enlaçados a Teton Pass, sorri para ti e tu retribuíste, orgulhosa ou envergonhada…percebeste que o meu sorriso era de orgulho e satisfação por ter passado no teu teste, impiedoso mas justo! Já sei, já sei que ainda não conquistei o teu coração. Já sei que tens inúmeros segredos para me contar ao longo dos próximos tempos. Que este foi apenas mais um – o mais difícil até agora, mas também por isso o mais saboroso! E o nosso pacto é para cumprir: levas-me até ao “fim do mundo” e eu ouço os teus segredos mais ousados e aceito os teus desmandos e regras sem protesto!
Mas isso foi amanhã. Hoje, estrada, foste meiga. O vento esqueceu-se de respirar – espero que não se extinga… o sol nem pestaneja, não vá escapar-lhe algum ínfimo pormenor cá em baixo, o céu deve estar triste sem a companhia da menor das nuvens com que passa os dias a fazer desenhos irreais, as nuvens, essas devem ter sido chamadas de emergência para uma reunião de alto nível, esperemos que nos antípodas e demoradamente. Os pinheiros observam-se nos olhos – talvez se namorem, ou enamorem, em silêncio. Ou talvez façam apenas a fotossíntese que o seu código genético lhes manda…ou talvez velem pelas plantas e flores que se exibem a seus pés. As verdes da juventude, aguardam em ânsia viçosas a vez de passarem a amarelas. As amarelas, pacientemente e maduras, aguardam os pigmentos vermelhos da vida e da morte, do fogo e do gelo. As vermelhas resistem ao castanho da morte e à esperança da ressurreição da estação seguinte. E eu, apesar de uma molécula cósmica naquela simbiose, sinto-me estranho, indesejado, intruso, incapaz de entender ou sequer sentir a grandeza e perfeição onde tu, estrada, me conduziste. Sim, a culpa é tua, porque tu vês, conheces e sabes tudo, pois estás em todo o lado. Mas eu não, eu vou apenas onde me levas e não tenho capacidade, nem conhecimento nem grandeza de Alma ou de Saber para poder apreender, ou sequer compreender, o que me mostras. E isto custa muito mais do que passar o Teton Pass amanhã…
E depois levas-me por trilhos secretos, se calhar ilegais mesmo, e mandas-me abrir os olhos e ver. E eu, que já ia de olhos dilatados, como posso ver mais ainda!? Como posso captar com o olhar do corpo a grandeza da Teton Mountain, ou sequer das suas filhas Moran Mountain e outras anónimas a seus pés, se mergulham pela cintura nos lagos de água verdes – chamas-lhes outros nomes: esmeralda, jade, turquesa, azul, mas sei lá se falas verdade, pois nunca estudei a ciência das cores…mas rendo-me ao teu argumento: se fossem apenas verdes, então eram iguais todas as águas em todos os lagos…

String Lake
oh, e como se não bastasse, pintam-lhe as margens com os mesmos motivos, cores e flores que bebemos ao longo do dia e até no fundo das águas dispuseram trocos, seixos, areia e cristais por onde se passeiam pequenos peixes solitários e com ar hesitante.

Jenny Lake

Jenny lake

Mas agora, estrada, é a minha vez de brilhar. Reparaste quando chegámos a Jenny Lake? Enquanto almoçava num banco discreto, à sobra da “grocery”, ao lado da Dampster, quantas pessoas vieram ter comigo, faziam perguntas e exclamavam AH! quando eu dizia coisas simples como ter partido de Inuvik, no norte do Canadá, há seis semanas, ter atravessado todo o país, visitado o Yellowstone e o Teton National Park e estar a caminho de San Francisco, mas com os olhos postos no Ushuaia, apenas com a Dampster e 55 quilos na bagagem, ao longo de mais de cinco mil quilómetros, perdão, três mil e duzentas milhas. Acho que te roías de inveja…mas bonito foi mesmo quando o Bill (pai), o Mat (filho) e o Wes (amigo) – os três, em bicicleta de estrada, tinham estado a participar numa corrida – vieram ter comigo e, ao ouvirem a mesma estória simples, me abraçavam, apertavam as mãos, pediam para tirar fotos comigo, como se eu fosse mais do que eu…e depois deram-me as barras energéticas que tinham e ficaram a ver-me partir como se fosse mais do que eu…

Família de ciclistas
E ao fim do dia – sim porque pode mesmo haver dias assim, e não ser tudo inventado aqui, num local que ainda não vou revelar… – na recepção do Gras Ventre Campground, conheço o Steve e a Jennie. Pegava no envelope para fazer o self-registration e já o Steve me perguntavam: “De onde és e para onde vais?” e eu respondia com paciência e satisfação, dando o nome do blog, apesar de estar em português... E dava as primeiras pedaladas à procura de um sítio para acampar e ouço a voz do Steve: “Luís, Luís!” Parei e ele continuou: “Porque é que não acampas nas traseiras do nosso sítio? Afinal temos apenas uma pequena auto caravana, não utilizamos o espaço todo a que temos direito e poupas o dinheiro do campismo”. E a Jennie olhava para mim a incentivar um “sim” com o olhar brilhante – ou assim o vi.
Depois de montar a tenda – sempre a primeira coisa que faço – cruzei os duzentos metros de freixos(?), choupos(?) dourados até chegar ao rio, onde me refresquei mais do que lavei. Regressava e vi o Steve a ir da minha tenda para a caravana…chamei-o e ele voltou atrás. Trazia um copo grande de sangue de maçã morno que me estendeu juntamente com um “afinal és um excelente fotógrafo Sir” – assim mesmo: “Sir”! E eu, ainda espantado e confuso, pergunto-lhe: não sou nada, mas como é que sabe!? E ele: Acabei de ver o teu blog!! Fiquei sem palavras…
Preparava eu o jantar e já ambos saiam para ir passear os cães (têm dois…) E escolheram ir pelas “traseiras”, passar por mim e surpreenderem-me de novo. Agora a Jennie, diz-me: “então era um hambúrguer e não um bife! Que pena!” E eu de novo aparvalhado: então esteve a ver o blog e até percebeu a estória da minha decepção com o jantar em Seeley lake!! E ficámos a conversar e a rir…

Gras Ventre CG

Jackson

A cabine Elk 36
E hoje, que ontem era amanhã, está contado e narrado ontem, mas continua e acaba hoje…
Teton Pass deita-se longamente e mergulha em Teton Valley. Entardece rapidamente e mais depressa ainda porque os montes raptam o sol, mal se descuida e espreguiça na linha do horizonte. Hesito entre campismo selvagem e dois parques que se sucedem antes de Victor, a primeira pequena povoação deste lado da fronteira do Idhao. Deixo-me embalar e enlevar pela velocidade, passo o povoado, viro em direcção a Idaho Falls e, quando começo a perscrutar um local aprazível para acampar, surge uma placa a indicar “Teton Valley Campgrond”. Tem um ar tão acolhedor e aprazível, uma localização tão idílica (esta é mesmo a provocar!!) que acabaram as hesitações e preocupações orçamentais. Dirijo-me à recepção e o simpático dono olha para mim, para a bicicleta e expõe a coisa assim: “quer um lugar para acampar, para montar a tenda por uma noite?” E eu digo que sim, que é apenas isso de que necessito, um pequeno espaço para montar a tenda. E ele retorque: “ok, mas eu tenho “cabins” livres e pelo mesmo preço, dou-lhe uma… Ali, a Elk 36, está bem”? E eu, “está óptima, muito obrigado, é muito simpático… vai ser a primeira vez em quase dois meses que não durmo na tenda mas numa cama!!”. E então lá veio a estória e o repetido “great adventure” dele…

Teton Valley campground


Teton Valley campground
E foi nestes fantásticos 12 metros quadrados que senti uma enorme vontade de escrever a minha “ode” à “estrada”, a todas as estradas que me trouxeram até aqui, que tiveram nomes ou números, mas a quem devo os dias bem vividos – ok, admitamos, felizes mesmo – que passei…

Teton Scenic Byway
Para começar bem o dia estava, estava anunciado no mapa mais um Pass – palavra horrível para um ciclista, pois é sinónimo de montanha empinada… - desta vez o Pine Creek. Abreviemos, este Pass nem primo chega a ser do Teton: cinco kms a 5% de inclinação não chegam a dar para aquecer…
Depois do Pine Creek Pass a estrada segue por um vale fechado onde apenas cabe a estrada e um ribeiro e ladeado das cores emergentes de Outono, onde o ouro e o jade se misturam. Mesmo as encostas, mais secas e agrestes, vão soltando labaredas fugazes de vermelhos intensos. Poupo os kms e deixo-me embalar cantarolando Zeca, uma música que fala de pássaros que “voam alto”… “com bicos rosa”…”nuvens desfeitas”? Só sei trautear – a letra, infelizmente, está esquecida.

Teton Scenic Byway
E o vale de repente abre-se a uma enorme clareira de trigo dourado. Até Swan Valley a estrada ondula com as searas de trigo. E Swan Valley traz no ventre o Snake River, de águas verdes e transparentes, correndo com força à sombra das ainda tímidas cores do Outono. Nada melhor que a margem esquerda para almoçar…


Teton Scenic Byway
A partir daqui, é plana e rectilínea a estrada e infinitos os trigais. Partilham o universo com o céu azul e nada mais…

SnakeRiver

A caminho de Idhao Falls
Idaho Falls pareceu-me demasiado horrível para sequer abrandar…prossegui pela estrada 91 e pernoitei no parque de Sheley, um enorme e aprazível relvado, com casas de banho, água quente, e tudo para mim, pois só havia duas ou três auto-caravanas noutra ponta do parque.

Sheley Campground
The Ghost
Pedalava distraído, entregue aos pensamentos de viajante, quando algo me saltou ao canto do olho, abanando-me os sentidos e obrigando-me a virar a cabeça para trás.
Poderia ser apenas um homem com o seu cortador de relva a aparar o jardim. Mas a casa não era casa, o jardim não era jardim e a relva não era relva. Apenas o homem parecia ser um homem e não havia dúvida, mais não fosse pelo barulho, que utilizava com um cortador de relva barulhento.
O cérebro trabalhava rapidamente. Tinha de voltar atrás, sentia-me irresistivelmente puxado para trás. Travei já umas dezenas de metros adiante, dei meia volta, atravessei a estrada e aproximei-me lentamente. Voltei a atravessar a estrada mesmo em frente ao homem, que levantou os olhos para mim e parou de imediato o cortador de relva. Era alto e magro, com ar elegante, praticamente branca, cabelo comprido que se confundia com a barba, boné na cabeça e óculos. Olhou-me com ar interrogador e a única coisa que me ocorreu foi perguntar-lhe se Blackfoot era muito longe. Caminhou para mim – parecia satisfeito por ter um motivo para interromper o que estava a fazer – e disse-me que não: “aí 8 milhas, ou menos”. Olhei para a casa, cercada, com ar decadente mas com “algo” que a fazia parecer diferente, e perguntei-lhe se morava ali. Soltou uma enorme gargalhada teatral e disse que sim. Eu disse que me parecia uma casa especial, diferente das outras. E ele respondeu que foi construída nos anos de 1850, como central de reservas e apoio para a companhia Ponny Express, que tinha ali um entreposto. Nos anos 20 do século passado tinha sido uma igreja Mórmon e nos anos 40 escola secundária. E agora…, continuei eu. E ele concluiu, por entre a mais sonora das gargalhadas: “now is the ghost’s house”. Então estou a falar com o “fantasma”, perguntei a rir? É como me chamam para aí…AH! AH! AH! AH!...Estendi-lhe a mão e apresentei-me: “I’m Luís, from Portugal” e ele estendeu-me a mão macia, quase delicada (a minha avó diria mãos de médico…), magra e dedos muito longos, e manteve “I’m the Ghost, from here”. Propus-lhe que tirássemos uma fotografia, pois era o primeiro americano que via com uma barba maior que a minha! Quase me assustei com a gargalhada!! Disse que desde que tinha sido despedido – há dois anos – nunca mais tinha cortado a barba nem o cabelo, rematando, enquanto lançava o olhar por cima da cerca, “my piggs don’t care”. E nova gargalha, neste caso conjunta. Perguntou-a idade, e concluiu que tenho menos onze anos que ele. Por entre outras dissertações, quando falávamos da minha viagem, disse-me que 98% das pessoas eram boas…só 2%, ou menos, eram más…

The Ghoast
Despedimo-nos com um sorriso e uma palmada afectuosa nas costas, e recomeçou a inventar relva para cortar com o seu ruidoso e decadente cortador…
…Ia a vinte ou trinta metros e ouvi-o gritar: I’am Ralph! Ralph, ok!? Com o olhar nublado, e sem olhar para trás, ergui a mão direita bem acima da cabeça com o polgar esticado...
Durante muitos kms pedalamos os três num só...
Parei em Blackfoot. O barulho na transmissão é agora regular e persistente e quero encontrar uma oficina para resolver isto, espero que por pouco dinheiro, desta vez. Passava muito lentamente no cruzamento de duas ruas interiores, olhando para todos os lados à procura duma eventual loja de bikes, e a Mary, cinquentona bem avançada, plantada de braços cruzados, diz-me se não quero almoçar ali – ali, é o passeio em cuja esquina o Jonh acaba de montar o seu “estaminé” ambulante e se prepara para servir refeições… nos quatro cantos do cruzamento estão umas placas amovíveis de madeira, pintadas com produtos agrícolas e anunciando o “local market farmer”. Parei, olhei para ambos e perguntei o que é que serviam para almoço. O Jonh disse que hoje era cozinha mediterrânea especial. Perguntei o preço e ele, se queria sanduíche ou prato. O prato eram 8 dólares… perguntei ainda se havia uma loja de bicicletas na vila. Era a 50 metros, do outro lado da rua. Então combinei que ia primeiro à loja e depois voltava. Enquanto me viam a bicicleta eu almoçaria…
O Jonh é Arménio e vive há 30 anos nos EU…toda a família emigrou. Digo-lhe que tenho muita fome e como muito e ele promete-me um almoço especial. Como sou o único cliente, falamos enquanto vai tirando os pimentos amarelos, verdes e vermelhos do grelhador a gás, coloca a carne picada do típico “xistaouque” (as espetadas finas de carne de borrego, típicas do mediterrâneo sul, e dos árabes em particular), um peito e uma perna de frango. Prepara numa grande caixa/prato um puré delicioso, pimentos, a carne, mais uma pasta vermelha à base de pimentos grelados e ainda – como disse que gostava de picante – um pimento picante! Tudo complementado com o pão árabe/mediterrâneo…
Sentei-me num banco “de jardim” que estava na esquina e comecei a degustar as iguarias e o Jonh olhava-me interrogativo. Foi sem favor nem cerimónia que lhe disse que estava uma delícia… estava mesmo. Os sabores e aromas do Líbano, do mediterrâneo – apesar de ele ser arménio – passavam com distinção…e nem dois minutos volvidos, já havia uma mesa e cadeiras para o meu repasto. E no fim já éramos quatro para a fotografia…

Entre amigos
Que interessa hoje que o mecânico de bicicletas fosse um rapaz dedicado, simpático e voluntarioso, mas que não percebesse nada do ofício!? É verdade que lavou impecavelmente a bicicleta, especialmente o mais difícil: corrente, cassete, pedaleiras; afinou os travões e deixou-a num brinco…por fora! O problema da transmissão é que nem conseguia – ou queria – identificá-lo…Disse que não era nada, eu insisti e ele disse para lhe dar 5 dólares, mas como só tinha 4 para o troco, ficou com seis por entre desculpas e agradecimentos!!


Seagull campground

17 comentários:

  1. Simplesmente fantastico , aqui do outro lado do oceano manda-mos um grande abraço.
    O grupo Pedalarvieira de Vieira do minho

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  2. Idílio, os Mafrenses deliciam-se em mais uma vez estarem a olhar para esse lado de lá do mundo, através da tua escrita e da lente da tua máquina. Continua companheiro, depois queremos ver todas essas fotos, e ouvir as histórias contadas na primeira pessoa.
    Muito obrigado pelo que nos estás a proporcionar.

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  3. Lu'is, quem 'e aquele tipo t-shirt red que aparece na foto ao teu ligeiramente 'a frente?

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  4. Mais que uma viagem... uma delícia.
    Força

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  5. Desde que o "descobri" em Agosto, que o passei a acompanhar e a esperar ansiosamente por cada actualização do blog. Penso que neste momento não tem dúvidas algumas que quando pedala "sozinho" por essa estrada fora, não é apenas a estrada que tem por companhia. Deste lado, há muitos que vão sentados no mesmo assento, procurando avidamente absorver o que o rodeia ... e eu sou um deles. Se calhar é por isso que, quando a estrada se empina mais um bocadinho, sente a bicicleta tão pesada. Apenas 55 Kg de carga não é verdade?... Carlos Chaves

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  6. Idílio, que casinha de madeira tão gira que tu arranjaste em Teton valley :-) continuo a "viver" as tuas histórias, um grande abraço!

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  7. Linda ode á estrada.
    Continua sem a acariciares.
    A propósito das zonas de contacto...
    Talvez esteja na altura de uma fita nova no fundo da jante e se a tua amiga teimar em arranhar muito talvez uma fita de kevlar no pneu.

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  8. Idílio...mas qual San Francisco?? Então e...Seattle? As cidades também têm estrada. :)

    bj
    Susana

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  9. Para além da determinação, das belezas naturais que descreves e fotografaste, o que me parece mais tocante são os gestos de humanidade com que te vais deparando.
    Não sabia que também te chamavas Luís. Ao ler o post fiquei até algo confundido, parecia que eu tb fazia parte da história...Grande abraço! Luís M.

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  10. Idílio, com o meu Blogue tb tenho o mesmo problema com as imagens, além de demorar a carregar não se conseguem editar nem sequer deslocá-las para onde as queremos, é um bom teste à nossa paciência e uma espécie de batalha entre nós e as fotos.

    Com certeza já sabes e talvez não te dê nenhuma novidade mas arrisco a sugestão.

    Para ser mais fácil carregar as imagens no blogue cria primeiro uma pasta no teu laptop de seguida copia para lá as fotos que queres (assim modificas cópias e não os originais) abre-as com o picture manager, carrega editar fotos seguido de comprimir (escolhe documentos) e clica ok, isto reduz bastante a foto e a qualidade não fica nada má. Com menos "peso" consegues carregar as fotos mais rápido para o blogue.

    Continuação de boas pedaladas.......

    Abraço
    Ricardo

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  11. Em S. FRancisco se vires Mr. Tony Bennett, dá-lhe um abraço e, seguindo as recomendações de São Scott McKenzie, não esqueças as flores para o cabelo...
    Um abraço

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  12. Força mano! Pedala depressa que a tua família já está cheia de saudades tuas!
    Beijinho

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  13. "I’am Ralph! Ralph, ok!? Com o olhar nublado, e sem olhar para trás, ergui a mão direita bem acima da cabeça com o pulgar esticado...
    Durante muitos kms pedalamos os três num só..."
    Continue a pedalar, todos juntos o acompanhamos, neste português sentimental, queiroziano numa estrada que ouve de si histórias de longe e lhe agradece rogada.
    Obrigado.Até já

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  14. que bela declaração de amor.. não te desejo força que não precisas. apenas boa rede para não desesperares com a net e nos levares contigo também. o resto tens tudo!!! beijo enorme, marina.

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  15. Só para marcar presença e incentivar que continues! De facto também há muita beleza aí desse outro lado do Atlântico.
    Um abraço e força. Jorge Godinho

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  16. Que viagem do caraças!!!
    Força.
    Joana Mateus

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  17. Descobri esta epopeia numa noticia da Lusa e como adepto destas viagens em bike e em autonomia, dou-lhe os parabéns !! Pela audácia e sobretudo pela forma, como nos transporta com a sua prosa, viajando a seu lado. Começa a ser viciante , vir aqui com frequência á procura de novas histórias e aventuras reais!
    Apesar de não nos conhecermos, caso venha a ser necessário alguma ajuda financeira, para prosseguir, tentarei partilhar o que me for possível. ( indique uma forma de receber essa ajuda no seu blogue)
    Boas pedaladas no “novo Mundo", rumo ao Sul!
    Henrique Dias

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